O Nordeste brasileiro enfrenta a maior seca dos últimos 100 anos, na Bahia vários municípios já decretaram estado de emergência. O longo período sem chuva afeta diretamente ao homem do campo, agricultores e pecuaristas que são responsáveis pelo abastecimento de alimentos em todo o país.
No município de Utinga nasce um dos rios mais importantes desta região, o Rio Utinga, e é responsável pelo abastecimento de grande parte da população dos municípios de Utinga, Wagner, Lajedinho e Andaraí. Suas águas, além de serem usadas para consumo humano e animal, são as grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico de toda a região, através da agricultura familiar, agronegócios, pecuária e a piscicultura. Atualmente diversas culturas são cultivadas ao longo do curso do Rio: banana, mamão, café, tomate, pimentão, melancia, abóboras, hortaliças.
O nível de suas águas é cada vez menor devido ao uso desregrado e insustentável praticado por muitos agricultores e pecuaristas, a poluição, o assoreamento, e a falta de políticas públicas de revitalização e de uso sustentável têm ao iminente fim de um dos mais preciosos tesouros da humanidade.
A situação no momento é tão grave que após 30 à 40km, aproximadamente, a água não está chegando o que afeta os agricultores e o abastecimento de água para outros municípios. Para amenizar a situação, as prefeituras de Utinga e Wagner através de suas Secretarias de Agricultura, associações e agricultores da região estiveram em reunião com os representantes do Inema, e foi acordado que os irrigantes suspendessem as irrigações por 3 dias consecutivos para que o rio volte ao fluxo normal de água. “A medida é necessária para que o Inema não tome medidas mais rígidas o que seria muito pior para todos”, disse o secretário de agricultura Rafael Maia.