O rio Utinga, subsistema hidrográfico integrante da Bacia do Rio Paraguaçu, é um importante curso de água para o consumo humano e produção agrícola dos municípios de Utinga, Wagner, Lajedinho e Andaraí. A bacia hidrográfica formada pelo rio abrange uma área de aproximadamente 3.000 km2, e sua água é utilizada para consumo humano da população desses municípios. Com tamanha importância para o desenvolvimento socioeconômico da região, o rio Utinga é hoje um tesouro ameaçado. Com o uso irregular de suas águas para irrigação, a seca, a poluição e o desmatamento da mata ciliar, o nível de suas águas é cada vez menor.
“A população de Lajedinho já está em alerta quanto a escassez de água, e as comunidades de Wagner e Utinga também podem vir a sofrer, caso não sejam adotadas medidas emergenciais a curto prazo e montarmos um planejamento para médio e longo prazos,” afirmou o secretário do Meio Ambiente (Sema), Geraldo Reis, que, na manhã desta terça-feira (7), sobrevoou o leito do rio, passando pelas cidades de Utinga e Wagner, onde se pôde verificar os efeitos da seca na região, a ausência de mata ciliar e o assoreamento de alguns trechos.
Uma equipe do Governo do Estado, com representações da Sema, Inema e Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) apresentou aos prefeitos da região um plano emergencial para controlar e monitorar a vazão do rio Utinga, bem como fiscalizar o uso da água, ações que devem minimizar a crise hídrica na região. Participaram da reunião o prefeito de Utinga, Joyuson Santos, o prefeito de Wagner, Elter Bastos, o prefeito de Andaraí, João Lúcio, o Cacique Payayá, a diretora Geral do Inema, Márcia Telles, lideranças locais e associações de produtores agrícolas.
“Será necessário um esforço conjunto de toda população ribeirinha, movimentos sociais, povos indígenas, produtores agrícolas e comunidade, para o uso racional das águas e ações de proteção e preservação do rio Utinga”, afirmou Reis. (ChapadaNotícias)