Pelo menos quatorze baianos foram citados no acordo de delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho. A divulgação aconteceu em dezembro do ano passado e trouxe, além de Lídice da Mata (PSB), Geddel Vieira Lima (PMDB), Lúcio Vieira Lima (PMDB) e José Carlos Aleluia (DEM), cujos inquéritos teriam sido solicitados pela Procuradoria Geral da República, nomes como do governador Rui Costa (PT) e do ex-governador Jaques Wagner (PT). Porém a lista é ainda maior. Vão desde Edvaldo e Antônio Brito, ambos do PSD, ao vereador de Salvador Paulo Magalhães Jr. (PV). Também aparecem Arthur Maia (PPS), os tucanos Jutahy Magalhães Jr. e Adolfo Viana, Colbert Martins (PMDB) e Daniel Almeida (PCdoB).
Caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, inclua ainda pedidos de investigações para averiguar as doações registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para as eleições de 2010, 2012 e 2014, o número de baianos pode crescer ainda mais. Apenas nas eleições de 2014, última em que eram permitidas doações de empresas para campanhas eleitorais, outros 32 políticos baianos receberam recursos do Grupo Odebrecht. Tendo como origem a própria Construtora Odebrecht aparecem: Reinaldo Braga (PSL), Paulo Souto (DEM), Eliana Calmon (Rede) e Otto Allencar (PSD). Já pela Braskem, que pertence ao grupo, outros 28 políticos baianos foram beneficiários de doações registradas na Justiça Eleitoral: Domingos Leonelli (PSB), Luiz Caetano (PT), Fábio Souto (DEM), Pedro Tavares (PMDB), Marcell Moraes (PV), Cláudio Taboada (DEM), Nelson Pelegrino (PT), Amauri Teixeira (PT), Ana Rita Tavares (PMB), Antônio Imbassahy (PSDB), Benito Gama (PTB), Cacá Leão (PP), Cláudio Cajado (DEM), Emiliano José (PT), Gerson Gabrielli (DEM), Heraldo Rocha (DEM), Ivanilson Gomes (PV), João Carlos Bacelar (PR), Leur Lomanto Jr. (PDMB), Luiz Alberto (PT), Marcos Medrado (Pros), Paulo Roberto (PT), Paulo Magalhães (PSD), Sandro Régis (DEM), Vânia Galvão (PT), Mário Negromonte Jr. (PP), Gilmar Santiago (PT) e Marcelo Nilo (PSL).