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Prefeito de Utinga reúne servidores para discutir situação financeira do município

Prefeito Joyuson Vieira durante reunião com servidores municipais | FOTO: Divulgação

O prefeito do município de Utinga, na Chapada Diamantina, Joyuson Vieira (PSL), acompanhado por sua equipe de governo, representantes sindicais e vereadores, falou aos servidores públicos municipais durante encontro na última terça-feira (21). O pronunciamento foi focado nas contas públicas e na real situação do município e aconteceu na quadra Poliesportiva da Baixada. Fazendo um paralelo com a crise nacional, e com os agravantes das imprudências da gestão anterior, o prefeito expôs para o público, que Utinga hoje se encontra em débito com o INSS num montante de cerca de R$ 12 milhões, sem que o ex-gestor tivesse ao menos parcelado a dívida.

Com a Embasa, as dívidas do município superam a casa dos R$ 300 mil. Segundo Vieira, do valor que o município recebeu dos precatórios do Fundef, da soma de R$ 7 milhões, só ficaram em conta pouco mais de R$ 2 milhões, sendo que parte deste recurso foi gasto indevidamente, inclusive na Praça Antônio Muniz, objeto de convênio com o governo federal, e outra parte do montante transferida para a conta de recursos livres. “Como se não bastasse, o ex-gestor fez um acordo judicial em primeira instância com sua cunhada [ex-servidora] que resultou em uma indenização de mais de R$ 200 mil, no apagar das luzes de seu mandato”, aponta o prefeito.

Com a explanação da situação financeira da prefeitura, Joyuson mostrou aos servidores, a necessidade de se tomar medidas emergenciais para controlar as contas públicas e o índice de pessoal, que recebeu na média de 62%, quando o máximo permitido por lei é de 54%. Esse fato resultou, inclusive, em rejeição pelo TCM das contas de dois exercícios do ex-gestor. Vieira ainda relembrou que foi em seus governos anteriores que muitas vantagens foram concedidas aos servidores, em especial, à categoria do magistério, se reportando a diferença de contexto municipal e nacional daquela época.

Na oportunidade, o prefeito pediu a compreensão de todos e enfatizou que as medidas “são necessárias para que não precise chegar ao ponto que outros municípios chegaram de ter que demitir pessoal. Se eu tiver que assinar alguma carta de demissão de servidor, preferirei assinar a minha própria, renunciando ao cargo que o povo me confiou. Minha caneta não servirá para demitir servidor, este é um compromisso que firmo com vocês”.

Dentre os absurdos do governo anterior, em relação aos servidores, o prefeito mostrou em público que o vereador Dr. Lucas Leal, que hoje se coloca como defensor dos servidores, a quem classificou como ‘paladino da moralidade’, recebe direitos que foram negados a seus pares. “Enquanto tantos pedidos de progressão foram arquivados, mais de 50, para ser preciso, o do vereador foi concedido desde 2015”, aponta Joyuson.

Após responder as perguntas dos presentes, Vieira apelou para o bom senso e pediu à população em geral que colaborasse para que o município saísse do colapso econômico em que se encontra. A reunião transcorreu de forma harmônica, com a civilidade e respeito mútuo entre autoridades e servidores públicos. (Jornal da Chapada)

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