Acontecerá amanhã, 21 de Dezembro, às 17h, a apresentação As Filhas de Oiá, da Família Griô Mamulengo da Chapada, no auditório do Colégio Estadual de Seabra (CES). As apresentações estão acontecendo em 11 municípios da Chapada e em Salvador, e Seabra foi um dos escolhidos.
É com imenso prazer que a Família Griô Mamulengo da Chapada, apresenta o espetáculo “As Filhas de Oiá”. Um teatro de mamulengos que conta a história de Clara Palazzo, menina negra em um mundo branco racista, personagem do livro de mesmo nome escrito por Lilian Pacheco.
A narrativa é inspirada na história de vida de Cristina Palazzo e no seu processo de auto reconhecimento como mulher negra. A montagem foi realizada pela Família Griô Mamulengo da Chapada formada por artistas do Grãos de Luz Griô, ONG (Organização Não Governamental) sediada em Lençóis, e vem percorrendo 11 cidades da Chapada Diamantina além de Salvador, apresentando a peça gratuitamente.
O espetáculo conta com a direção e roteiro: Lillian Pacheco e Luciana Meirelles, e tem como elenco: Márcio Griô, Ricardo Boa Sorte, Rose Lane Santos e Vitor Darlan.
“A Família Griô Mamulengo da Chapada nasceu com a missão do Griô e do mamulengo e juntos possuem um poder teatral genial de encantamento, conscientização e transformação social. O Griô é um contador de histórias, um falador, um cantador, um poeta popular africano que caminha de aldeia em aldeia aprendendo e ensinando sua cultura e o mamulengueiro se identifica com ele porque sabe falar com o povo e se dedica a caminhada nas feiras e eventos populares, denunciando diferentes aspectos de suas vidas, transfigurando suas alegrias e dores. O Mamulengo domina uma oralidade admirável de uma inspiração fascinante que encanta, altera o estado de consciência do público e transforma as relações de poder entre oprimido e opressor, entre bem e mal, criando um outro mundo poético-dramático possível entre o falador e o público. Por isso, o Mamulengo Griô se torna uma prática pedagógica de encantamento utilizada na Pedagogia Griô, que conta com famílias negras e indígenas para contar histórias e mitos que facilitam a consciência histórica e o renascimento da nossa ancestralidade e identidade como povo.” Líllian Pacheco, apostilas de cursos da Pedagogia Griô.