Alguns brasileiros já conseguem abrir a porta de casa, liberar a catraca da empresa ou pagar uma conta sem chave, cartão e senha. Com a implantação de chip do tamanho de um grão de arroz (biochip), instalado entre o polegar e o indicador, tudo isso é possível. De acordo com o Uol, o chip funciona como um pen drive, onde são armazenados arquivos, como cartões de visita e informações de saúde; e outra criptografada, onde ficam as senhas e os códigos de acesso.
Apesar da tecnologia ainda ser restrita no Brasil, há algumas pessoas que já estão utilizando a novidade. “São basicamente os early adopters, pessoas que querem ter primeiro o contato com a tecnologia”, explica Antonio Dianin, executivo-chefe da Project Company, empresa que produz e vende o implante. Um dos usos é o de compartilhamento do cartão de visita. “Encosto o implante no smartphone da outra pessoa e aparecem os meus contatos e meus perfis em redes sociais”, disse Dianin. “Minha casa é totalmente tecnológica e consigo abrir e fechar todas as portas com o biochip, além de dar partida no carro.
Não tenho chave para quase mais nada”, completou o executivo-chefe. O chip faz as atividades por meio de um padrão de comunicação sem fio que se chama Near Field Communication (NFC), onde é possível trocar dados a curtas distâncias. Grande parte dos celulares já possui a tecnologia assim como algumas maquininhas de pagamento. Mas a adaptação para casas, veículos, carros e empresas ainda deve demorar. Único que conseguiu usar o biochip para fazer pagamentos, Matheus Gomes, 19, teve que conseguir a liberação da empresa de cartão de crédito. “Atualmente essa tecnologia é bloqueada, mas eu consegui a liberação com uma empresa durante um mês.
Eles me mandaram o código do meu cartão para eu colocar no biochip. Daí era basicamente só aproximar a mão nas máquinas que tinham leitor NFC e fazer o pagamento sem precisar de senha nem de inserir o cartão”, disse. Após o período, a empresa cancelou o código. “Eu e um grupo de entusiastas queremos mudar a ideia de alguns bancos e instituições financeiras para liberarem esse meio de pagamento”, diz. “Eu acho que isso ainda não aconteceu porque é preciso melhorar o código para evitar ataque e roubos”, completou.(Bahia Notícias)