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Rio São Francisco recebe poluição de mercúrio, chumbo e de agrotóxicos que representam preocupação para a saúde humana, acusa professor da UFAL

“Encontramos no rio São Francisco metais pesados, que entram na cadeia alimentar das espécies e vão se acumulando, a exemplo de mercúrio e chumbo. Foi identificado o uso do Endosulfan, um inseticida altamente tóxico e que tem o uso proibido no Brasil. Também foram encontradas diversas espécies exóticas na região, o que demonstra a saúde debilitada do rio”.

A denúncia é do professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Emerson Soares. Ele apresentou o resultado da expedição científica realizada em outubro do ano passado, na região do Baixo São Francisco, entre a foz do rio, em Piaçabuçu e Traipu, municípios alagoanos.

O relatório foi debatido durante a videoconferência da Agência Nacional de Águas (ANA) de segunda-feira (1º de julho) e discorreu sobre a qualidade das águas do Rio São Francisco.

Emerson Soares explicou que os estudos foram feitos com base na ictiofauna, ou seja, as espécies de peixes, pois eles servem de base para diversos parâmetros. E os resultados foram preocupantes, segundo ele.

Para demonstrar sua preocupação com os peixes que são nativos do rio e estão desaparecendo, o pesquisador relatou como piau e xaréu representavam, em 2012, cerca de 60% das espécies do rio e atualmente não constam, sequer, entre as dez mais do rio.

Os agrotóxicos representam outra grande preocupação, tanto para a saúde do rio quanto para agricultores e pescadores da região do Baixo.

De acordo com o relato do professor na videoconferência, foi identificado o uso do Endosulfan, um inseticida altamente tóxico e que tem o uso proibido no Brasil.

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