Um relatório divulgado pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) apontou que nos últimos onze anos, entre 2007 e 2018, um total de 94.818 acidentes foram registrados em trechos de rodovias federais que cortam o estado da Bahia. Segundo o estudo, somente em 2018 o prejuízo gerado pelos acidentes foi de R$ 620,65 milhões. No mesmo período, R$ 704,22 milhões foram gastos pelo governo federal em obras de obras de infraestrutura rodoviária de transporte. A CNT indica que de 2007 até 2018 um total de 74.793 pessoas foram vitimadas pelos acidentes. Deste quantitativo 8.272 morreram.
O número de acidentes chegou a cair nos últimos anos, passando de 7.152 por ano em 2015 para 3.545 em 2018. Contudo, a expressividade da incidência ainda chama a atenção.
As mortes nas estradas federais que cortam a Bahia também caiu na última década e registrou o menor índice anual no ano passado, com 456 vítimas fatais. Essa realidade se deu após uma alta que atingiu o seu ápice em 2012 (com 849 óbitos contabilizados). No primeiro ano apresentado na pesquisa (2007), 633 pessoas morreram nas ligações rodoviárias.
No total, 2.891 acidentes com vítimas e 456 registros de mortes foram identificados pela pesquisa da Confederação somente em 2018. A BR-101, que margeia todo o litoral do estado e é uma das principais rodovias do país, aparece no estudo da CNT como a via que mais concentrou acidentes com vítimas, vítimas fatais e acidentes com feridos no ano passado na Bahia, com 703, 114 e 589 casos, respectivamente.
No quesito acidentes com vítimas e feridos, ela aparece seguida da BR-116 e da BR-324. A última, vale lembrar, liga as duas regiões metropolitanas da Bahia, a de Salvador e de Feira de Santana e só sai do ranking das três principais no quesito acidentes fatais – dando lugar para a BR-242.
RECORRÊNCIA EM TRECHOS URBANOS
Outra constatação revelada foi a convergência das ocorrências em trechos urbanos. As zonas de influência das principais cidades do estado concentram a maior quantidade de acidentes nas rodovias federais.
Conforme gráfico divulgado pela CNT (confira abaixo), os focos dos acidentes estão em Vitória da Conquista, Feira de Santana, Salvador, Porto Seguro, Ilhéus e Eunápolis. Do mesmo modo que os registros de mortes, que apesar de presentes no percurso de todas as rodovias em questão, aparecem com maior incidência nos locais apontados anteriormente (veja abaixo).