A operação policial que culminou na morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega não foi filmada. Mas, embora o fato tenha chamado a atenção da imprensa, o não-registro em vídeo é regra na Polícia Militar baiana.
O Bahia Notícias procurou a assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) que frisou que os agentes não costumam filmar as operações. Questionada se os registros não são feitos por falta de equipamento, a pasta não respondeu, mas ressaltou que não há obrigatoriedade prevista em lei para isso.
MORTE DO MILICIANO
Adriano da Nóbrega morreu após uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar da Bahia no último domingo (9) (lembre aqui). Segundo a SSP-BA, o miliciano foi encontrado em uma fazenda na zona rural de Esplanada e reagiu à abordagem policial. Nóbrega chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar a unidade de saúde.
O miliciano estava na propriedade do vereador Gilsinho de Dedé (PSL) quando foi localizado (lembre aqui). Na noite anterior à operação, Nóbrega chegou ao local após, supostamente, ameaçar o dono da fazenda em que ele se escondeu anteriormente. Na Bahia, o ex-PM teria atuado com a compra e venda de gado.
Após críticas à operação da polícia baiana, o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, defendeu a atuação da corporação (lembre aqui). “Óbvio que queríamos efetuar a prisão, mas jamais iríamos permitir que um dos nossos ficasse ferido ou saísse morto do confronto”, enfatizou Barbosa.