O governador Rui Costa revelou que vai se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Jaques Wagner para discutir a candidatura petista ao governo da Bahia em 2022. Como fez em dezembro do ano passado, Rui voltou a defender, em entrevista ao Bahia Notícias, o nome de Wagner para disputar novamente a chefia do Executivo estadual.
“Já anunciei o nome do senador Jaques Wagner, que reúne todas as condições, todas as qualidades. Vamos seguir trabalhando nisso”, disse Rui, em endosso também ao diretório do PT na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que defendeu o nome do senador para 2022 em reunião no sábado (6).
Ainda segundo o governador, a reunião com Lula vai servir também para traçar estratégias para as eleições presidenciais. “Vamos ter, em breve, uma reunião no plano nacional com o presidente Lula para definir um roteiro para a disputa nos estados e na disputa nacional. Acho que, em 2022, a gente precisa retomar o Brasil, sob pena de sacrificar as gestões estaduais e municipais”, disse.
“Se o Brasil continuar afundando desse jeito, não tem prefeito, não tem governador que dê jeito. Vamos continuar perdendo empresas, o emprego, vai aumentar a pobreza. É preciso, junto com as eleições estaduais, priorizar uma solução para o Brasil, que precisa sair do caos em que ele se encontra”, defendeu.
Questionado sobre se acha que os partidos de esquerda deveriam estar unidos em torno de uma só candidatura para 2022, o governador avaliou como natural a falta de unidade no campo, mas ponderou ser preciso “colocar a vaidade em segundo plano” em prol de um projeto coletivo.
“Vejo isso de forma natural [o número de pré-candidaturas dentro da esquerda], eu não vejo isso com grande preocupação. Quando você não tem, isoladamente, um nome despontando fortemente nas pesquisas – se tivesse um nome hoje na esquerda com 40% ou 50%, a discussão não estaria acontecendo mais. O debate acontece porque tá todo mundo na faixa de 10%, 12%, 15%, então todo mundo acha que pode disputar”, avaliou.
“Acho que é necessário unificar um programa de governo mínimo e, se possível, afunilar nomes. Se não for possível, a eleição presidencial tem dois turnos. No primeiro, todo mundo testa se tem respaldo da população e, quem não tiver, apoia o outro no segundo turno. Para isso, em vez de ter tentativa de última hora de fazer acordo, é melhor dialogar com mais tempo. Por isso, proponho que comece a se dialogar sobre um programa de governo. Se você constrói um programa mínimo, mesmo que eles saiam em candidaturas diferentes, facilita no segundo turno”, aconselhou.