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Vilas-Boas admite que a Bahia já registrou mortes por uso indiscriminado do “kit Covid”

O secretário estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas disse nesta terça-feira (23) que a Bahia já registra mortes por insuficiência hepática fulminante relacionada ao uso indiscriminado, incorreto e sem indicação de medicamentos do “kit Covid”. O grupo de medicamentos inclui a ivermectina, cloroquina, hidroxicloroquina e anticoagulante.

O antipasasitário ivermectina, que pode causar danos graves no sistema nervoso, cardiovascular e gastrointestinal caso seja utilizada para finalidade errada e sem indicação médica, está entre os mais utilizados. Se administrado sem indicação e em altas doses, o uso pode intoxicar o paciente e causar danos cerebrais e hepatite tóxica.

Segundo Vilas-Boas, há casos de pacientes que precisaram de transplante hepático de urgência devido a uso de ivermectina em dose alta na Bahia. Contudo, o chefe da pasta ressalta que o procedimento não é uma realidade no Brasil, e que “as pessoas não conseguiram nem ser listadas porque morreram de insuficiência hepática fulminante”.

Nesta terça-feira, o secretario alertou, em entrevista à rádio Salvador FM 92,3, que “não é uma medicação isenta de defeitos adversos”. “Quero avisar as pessoas, principalmente se fazem uso de álcool ou de suplementos para ficar fortinho e academia: essa combinação é um desastre para o fígado”, destacou.

 

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