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Barra: Familiares de médico assassinado em consultório cobra resolução do crime

Familiares do médico Júlio César de Queiroz Teixeira, de 44 anos, morto a tiros no último dia 23 de setembro, enquanto realizava atendimento em um consultório no município de Barra, no interior da Bahia, cobram às autoridades policiais e políticas do estado a elucidação do caso.

O crime foi registrado por uma câmera de segurança da clínica onde o pediatra realizava atendimento. As imagens mostram o momento em que o suspeito invade o local, além do desespero dos pacientes ao ouvirem o barulho dos tiros. Após efetuar os disparos, o homem saiu correndo do local.

Prisão dos suspeitos

Quatro dias após o assassinato do pediatra, as investigações da Polícia Civil da Bahia concluíram que o mandante do homicídio alegou que a vítima teria cometido um suposto assédio contra sua esposa. De acordo com a polícia, uma dupla foi contratada por R$ 2 mil para matar o médico.

Ainda segundo a PC, o suspeito de ser o autor dos disparos foi preso no dia 27 de setembro e o condutor da motocicleta utilizada no homicídio, na madrugada do dia 28 de setembro. A moto e o capacete utilizados no crime foram apreendidos. Segundo o titular da DT/Barra, delegado Jenivaldo Rodrigues, os homens contratados para matar o médico confessaram o crime e informaram que cada um recebeu a quantia de R$ 2 mil para executar a vítima.

Outros dois mandados de prisão temporária, contra um homem e uma mulher, suspeitos de participação no crime, foram cumpridos no último dia 30 de setembro por policiais da 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Irecê). O casal teria agido como “olheiro” para informar ao autor do crime o momento da chegada do médico na clínica e a sua entrada no consultório. Um dos suspeitos, segundo a polícia, confessou que enviou uma mensagem pelo celular para o mandante do assassinato, avisando que o médico já estava no local.

Família cobra elucidação do caso 

Apesar da prisão do suposto autor do homicídio e de outras três pessoas suspeitas de participação no assassinato de Júlio Cesar, familiares do médico afirmam que o crime segue sem respostas, tendo em vista que o suposto mandante continua foragido da polícia, mesmo após mandado de prisão temporária expedido contra ele no dia 29 de setembro.

Os familiares do pediatra afirmam ainda que o fato de o mandante do crime seguir em liberdade tem causado constante estado de alerta e sentimento de impunidade. O desespero, para a família, é ainda maior diante da suspeita de que o suposto mandante do assassinato de do médico teria seu nome relacionado a diversos crimes na região.

Confira trecho da nota divulgada pela família da vítima:

“A família do Dr. Júlio César de Queiroz Teixeira reitera a confiança no trabalho desempenhado até aqui pela equipe da Polícia Civil à frente do caso, sob coordenação dos delegados Jenivaldo Rodrigues, da Delegacia Territorial de Barra, e Ernandes Reis dos Santos, coordenador do 14º Coorpin/Irecê, que em poucos dias conseguiu encontrar, apreender e interrogar o executor e suspeitos de participação no crime.

No entanto, constata-se que a estrutura disponibilizada chegou ao limite para que a investigação avance daqui para frente.

Por isso, vimos por meio desta nota clamar às autoridades públicas do Estado da Bahia (Governo da Bahia, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público do Estado, Polícia Civil) que reúnam esforços conjuntos para criação de uma força tarefa com estrutura adequada para elucidar esse crime bárbaro.

Acreditamos que as respostas para o assassinato do pediatra Júlio César contribuam para desmantelar toda uma cultura do extermínio que segue impune fazendo vítimas na região de Barra/BA.

É preciso dar um basta no comércio da que vem dilacerando famílias no semiárido baiano”.

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