Vivendo sem qualquer ajuda financeira do pai, o goleiro Bruno, Bruninho Samudio conquistou uma bolsa de estudos numa escola particular em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde mora. De acordo com o jornal Extra, o filho da modelo Eliza Samudio, assassinada a mando do atleta, vive com a avó Sônia Moura. Além de focar nos estudos, o garoto, de 11 anos, sonha em ser jogador de futebol.
“Minha avó sempre disse pra eu estudar, apesar de gostar de futebol. Ela fala para eu estudar, porque, se caso não der certo, eu terei um plano B. Senão, vou ser meio que um nada na vida, né”, disse na primeira entrevista que deu ao canal da psicóloga e coach Renata Gouvêa, no YouTube.
A bolsa de Bruninho cobre 100% da despesa com a escola. “Minha escola é muito boa, graças a Deus e à dedicação minha, porque muita gente desiste no meio do caminho e eu nunca desisti. Um dia eu falei com a minha mãe (avó Sônia): ‘um dia eu vou conseguir estudar numa escola boa’. E consegui uma bolsa de 100%, isso foi alguma coisa que eu consegui por mim mesmo. É ótima a minha escola”, falou o garoto.
Conciliando com os estudos, Bruninho nutre o sonho de ser jogador de futebol, esporte que pratica desde os 4 anos de idade. Atualmente joga em time sub-13 de futsal. Na medida do possível, a avó tem ajudado no custeio de viagens para a disputa de um campeonato brasileiro de categorias de base da modalidade. Assim como o pai, o garoto também joga de goleiro e não teme futuras comparações, caso consiga chegar ao profissional.
“Não ter medo do perigo já é o perigo. Se você se encolher, sumir de todos os seus problemas, vai ser uma pessoa fraca no futuro”, pontuou.
Apesar de conhecer seu passado, Bruninho não sabe detalhes do ocorrido com sua mãe Eliza, assassinada em 2010, quando tinha apenas quatro meses de vida.
“Minha mãe tá no céu, mas graças a ela que eu estou aqui, e ela nunca sai do meu coração”, disse.
O goleiro Bruno foi condenado pela Justiça como mandante do crime a 20 anos de prisão. Em julho de 2019, ele obteve progressão de pena para regime semiaberto domiciliar e voltou a jogar futebol. Em 2020, o Fluminense de Feira chegou a negociar sua contratação, mas acabou não sendo concretizada. Antes do crime, ele defendeu as metas do Flamengo, Atlético-MG e Corinthians. Depois da pena, chegou atuar pelo Boa Esporte, Poços de Caldas, Rio Branco e neste ano pelo Atlético Carioca. (Bahia Notícias)