A Chapada Diamantina, além da enorme riqueza ambiental, cultural, histórica oferece também um atrativo pré-histórico, pouco conhecido, um verdadeiro museu a céu aberto com registros humanos datados de antes da invenção da escrita. Trata-se da Serra das Paridas, próximo a Lençóis, que integra um complexo arqueológico repleto de pinturas rupestres de milhares de anos catalogadas por pesquisadores e estudiosos.
Entre as pinturas tem uma que lembra o alienígena personagem do filme E.T, O Extraterrestre, de 1982. Para alguns pesquisadores, pode tratar-se do registro de um animal chamado Eremutherium, um tipo de preguiça gigante. No entanto, os ufologistas e místicos têm certeza que estão diante de genuíno registro feito por nossos antepassados de um visitante de fora do planeta.
Há 35 km da cidade de Lençóis, a Serra das Paridas fica no mesmo trajeto da cachoeira do Mosquito. O ingresso custa R$25 por pessoa e mais R$50 do guia que toma conta do complexo (negociável para grupos). As taxas servem para manter o espaço, que não recebe recursos públicos, em funcionamento.
O complexo e as características das pinturas estão contidos em 18 sítios. O visitante tem acesso apenas a seis abrigos de um desses sítios, com cerca de mil desenhos, numa caminhada leve de 300 metros com subidas e descidas em volta de galerias rochosas. Usando do bom-humor, há no complexo, imagens do ET em tamanho real, painéis com figuras também de tamanho real da evolução humana e homens da pré-história sentados em volta do que seria uma fogueira.
As pinturas revelam formas geométricas e o que seriam animais, movimentos de caça e pesca e até mulheres de cócoras em posição de dar à luz, daí uma das explicações para o nome Serra das Paridas. As datações foram feitas através de restos de fogueira, comprovando a presença humana na Serra das Paridas há pelo menos 8 mil anos.
O guardião e condutor é Renato Hayne conta que as pinturas foram descobertas em 2005, enquanto um grupo, incluindo o próprio guardião, coletava mangaba na área após clarões serem abertos na vegetação por um incêndio devastador – as mangabeiras são resistentes ao fogo. Ao se depararem com as pinturas, o arqueólogo e professor da Universidade Federal da Bahia Carlos Alberto Etchevarne foi chamado. A partir daí o local passou a atrair outros pesquisadores, inclusive de fora do país.
Chapada News com base no texto do Toda Bahia