Cenas de agressão circularam pelas redes sociais de Seabra e região neste feriado de São Sebastião, onde um menino de 14 anos, é agredido por engano por dois homens, que o acusavam de ter furtando o celular da filha de um desses agressores. O menino foi imobilizado e ao mesmo tempo recebia diversos tapas. Tudo isso ocorreu, na cidade de Seabra, na Chapada Diamantina, na tarde desta quinta-feira (20).
Em entrevista à Rádio Nova Web, da cidade, o pai do adolescente, Robson de Souza Silva, 38 anos, técnico de enfermagem conhecido na cidade por Ró, detalhou o caso e disse como se sente. Esclareceu que foi feito exames de corpo delito no filho, e o mesmo apresenta vários hematomas, escoriações no rosto e teve luxação em um dos dedos, além do trauma psicológico, deixando o menino assustado e com medo de sair na rua.
Foi instaurado Boletim de Ocorrência, porém, segundo o pai, até o momento, os acusados ainda não haviam se apresentado à polícia. Os mesmos foram identificados pelos pais do adolescente, sendo um radialista e o outro, seu primo, um funcionário de uma empresa que constrói poços artesianos na cidade, sendo esse segundo, o pai da menina que teve o celular furtado.
Ró ainda fala que o filho segue traumatizado, mas que estão buscando todos os meios para ajuda-lo a superar essa situação. Desabafa que o que busca não é retaliação, mas sim justiça, pois a conduta dos agressores foi um erro gravíssimo, “..Eu não sou justiceiro, eles também não são… Nós moramos numa cidade de 49 mil habitantes, todos se conhecem, isso não pode ocorrer, não pode voltar a se repetir”, declara o pai.
“As postagens que fizemos não foi para [sujar] a imagem de ninguém, é para que tenhamos justiça. É um menino de 14 anos que saiu de casa para comprar um doce. Foi enquadrado por esses dois homens, que correram atrás, bateram e derrubaram meu filho, lhe dando um mata-leão… Eu só quero justiça e que eles sejam homens de assumir o que fizeram e não tentar ficar justificando com áudios nas redes sociais, precisam prestar contas à justiça” desabafa o pai, Ró.
Robson ainda agradece a população de Seabra pela solidariedade com sua família, “todo mundo ligando, dando forças”, ao mesmo tempo em que externa sua tristeza pela omissão de algumas pessoas que assistiram à cena e nada fizeram. “A omissão das pessoas é terrível, pode-se matar um na frente do outro que não se faz nada?”, questiona, Robson, o pai da vítima, em retórica.
Entramos em contato com os acusados e até o fechamento desta matéria não quiseram se pronunciar.
Chapada News