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Seabra: Pais de alunos pedem volta de aulas em impasse entre prefeitura e professores

Um grupo de pais de estudantes da rede municipal de Seabra, na Chapada Diamantina, se reúne nesta terça-feira (3) com vereadores e o sindicato dos professores. O motivo do encontro é o retorno às aulas normais.

Desde o dia 28 de março, as atividades estão paralisadas após um impasse entre a prefeitura e os professores. À época, o sindicato cobrava a atualização do piso nacional da categoria, com reajuste de 33,24%.

A prefeitura aceitou, mas a verba viria de outra reivindicação da categoria, o percentual destinado aos docentes oriundo do precatório – dívida a ser paga por ente público – do Fundef, que depois virou Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). O projeto que autorizava o uso do dinheiro do Fundeb para o reajuste do piso nacional foi para a Câmara de Vereadores, mas não foi votado após os professores não aceitarem a condição.

Na ocasião, os legisladores alegaram que não sabiam do teor do projeto de lei, que autorizava o aumento nos salários, usando os 60% do precatório do Fundef destinado aos docentes. Sem retorno às aulas, a prefeitura adotou o que chamou de ações pedagógicas, para não interromper as ações nas escolas.

No entanto, o formato das atividades é criticado por um grupo de pais e mães. Eles afirmam que as atividades não cumprem os mesmos objetivos das aulas.

Ao Bahia Notícias, uma das mães que integram o grupo de pais, Ana Carolina, declarou que o prejuízo tem sido significativo para os estudantes.

“Nós queremos o retorno das aulas. Nosso objetivo é esse. Essas ações pedagógicas são importantes, mas não como aulas, e sim como reforço, dentro do calendário escolar. A situação já está muito difícil por conta da pandemia. Tem meninos no sétimo ano que não sabem ler. Isso de substituição das aulas por essas ações é como se fosse um cala boca, um tapa buraco da prefeitura”, criticou Carolina.

Seabra tem pouco mais de sete mil estudantes na rede municipal. Conforme Ana Carolina, os pais já tentaram debater o caso com a prefeitura, mas não tem tido retorno da gestão.  Com informações do BN

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