Os professores da rede pública municipal da cidade de Palmeiras, na Chapada Diamantina, publicaram, nesta quarta-feira (4), “carta aberta à população do município”, onde manifestam sua indignação com a gestão, alegando que a mesma vem adotando algumas práticas na tentativa de ameaçar, coagir, perseguir e intimidar a categoria pela decisão da deflagração da greve.
A categoria convida a população para acompanhar suas ações para não “se contaminarem com informações mentirosas” e esclarece que houve três reuniões anteriores entre APLB-sindicado, comissão de professores e a Administração Pública, todas sem êxito e sem apresentação de uma proposta consistente para assegurar os direitos pleiteados na pauta da greve.
Na carta, a categoria pleiteia repasse do reajuste do piso salarial de 33,24% com pagamento retroativo; cumprimento integral do Plano de Cargos e Salários do Município; cumprimento do rateio do FUNDEB referente ao ano de 2021; repasse dos valores descontados em contracheques mensalmente ao INSS, com atualização dos extratos fundiários; reabertura da Escola Municipal Rural de Rio Preto com condições de funcionamento.
Além disso, pleiteiam também pela conclusão das reformas das escolas municipais, com lisura e transparência dos recursos aplicados e dentro do prazo estipulado; oferta e garantia de transporte escolar em condições adequadas de uso e que atenda a demanda educacional; e melhoria nas condições das estradas para acesso e trânsito dos educandos e educadores, que têm essa necessidade, às unidades escolares.
Os professores denunciam ainda que tramita na Câmara de Vereadores um projeto de lei que altera os artigos da Lei 495 aprovada em 2012 (lei que trata, principalmente, da realocação de professores, com as devidas vantagens garantidas) e que esse projeto prevê a retirada de direitos conquistados 10 anos atrás.
A classe entende que todas essas possíveis práticas são de desrespeito, intimidação, coação, perseguição e ameaças contra o educador de Palmeiras. Porém, para eles isso se transforma em combustível para manter a classe unida, forte e organizada.
Esclarecem que a administração foi informada oficialmente na última segunda feira (2) sobre a deflagração da greve que acontecerá dentro do prazo de 72 horas, ou seja, nesta sexta-feira (6) conforme determina a lei. No entanto, salientam que caso a gestão atenda as reivindicações neste lapso temporal a greve não ocorrerá.
Chapada News