A Ford contratou um total de 500 engenheiros para trabalhar na Bahia, mesmo com o fechamento da fábrica em Camaçari, que aconteceu há um ano e três meses. O fechamento encerrou a produção de veículos na Bahia e resultou em quase 4 mil demissões.
As contratações tentam compensar o choque o governo do Estado sofreu com o fechamento da fábrica. Fica, então, o questionamento: “por que motivo está contratando se fechou?”. Explicamos.
Apesar do fim da produção, o centro de engenharia da Ford foi mantido na Bahia e já contava com aproximadamente mil profissionais. Agora, cerca de 1.500.
O centro de engenharia é dedicado à pesquisa e desenvolvimento de veículos. Hoje, fnciona no Cimatec Park, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Trata-se de um complexo tecnológico que também fica em Camaçari. Além da área automotiva, o Cimatec Park planeja expandir as atividades nos setores de energia eólica, naval, petroquímica, biotecnologia e petróleo e gás.
Em nota enviada à Valor Econômico, o o presidente da Ford na América do Sul, Daniel Justo, disse que o time brasileiro “tem uma contribuição importante na engenharia global da Ford, desenvolvendo produtos, patentes, tecnologias e softwares que estão ajudando a moldar o futuro da mobilidade”.
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“É uma prova da capacidade e da competitividade do nosso país em exportar projetos e conhecimento”, disse.
Além do parque tecnológico da Bahia, a estrutura de pesquisa e desenvolvimento da montadora inclui um campo de provas em Tatuí, no interior de São Paulo.
Além do Senai, na Bahia, a Ford manteve parcerias com a Universidade Federal e ações voltadas à comunidade, como o curso de desenvolvimento de software. Resultado de uma parceria com o Senai Cimatec, o curso oferece 80 vagas gratuitas para pessoas de baixa renda. (Bnews)