A polícia militar identificou 10 dos 21 mortos em uma operação conjunta na zona norte do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (24). A lista já inclui o nome da moradora Gabrielle Ferreira da Cunha, de 39 anos, que foi atingida por uma bala perdida. Os documentos obtidos pelo UOL também incluíam os nomes de duas das sete pessoas feridas na operação.
A assessoria de imprensa do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, está repassando para onde estão sendo levados os 21 mortos. Segundo a unidade, 20 pessoas morreram. A 21ª morte foi a moradora Gabrielle, que não foi levada ao hospital.
Já o G1 informou que, de acordo com a Polícia Militar, 22 pessoas teriam morrido na operação.
A ação policial foi autorizada após a movimentação dos criminosos da Vila Cruzeiro para a Rocinha, informou o Ministério Público. Já a Polícia Militar informou que constatou aumento de lideranças criminosas de outros estados em comunidades do Rio devido decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que limita as operações policiais em comunidades no estado, segundo o coronel Luiz Henrique Marinho.
A PM lembrou ainda que a operação policial estava planejada há meses para impedir a transferência de um grupo de criminosos para a Rocinha, comunidade de São Conrado, na zona sul da cidade.
Por outro lado, um coordenador de ouvidoria da Defensoria Pública criticou a operação e disse que ela “jamais seria tolerada em bairros nobres” do Rio. Enquanto o MPF (Ministério Público Federal) anunciou a abertura de um inquérito para apurar as condutas e possíveis violações cometidas por policiais de forma individual.
Mortos: Patrick de Andrade da Silva, Geovane Ribeiro dos Anjos, Maycon Douglas Alves Ferreira da Silva, Carlos Henrique Pacheco da Silva, Leonardo dos Santos Mendonça, Marcelo da Costa Vieira Sebastião Teixeira dos Santos, André Luiz Filho, Gabrielle Ferreira da Cunha, Roque de Castro Pinto Júnior. (BNews)
