Coparentalidade – o termo é antigo e conceitua, basicamente, o relacionamento entre pessoas que não buscam o amor, mas uma paternidade compartilhada com a finalidade de gerar e criar um filho de forma responsável e dinâmica. E é essa forma de relação familiar que Natália e Mateus, na Chapada Diamantina, estão prestes a experimentar.
Quando adolescentes eles começaram um namorico, mas quando ela se entendeu como lésbica, contou para ele, um homem gay, e reafirmaram o que já sabiam: estariam sempre na vida um do outro. Mais ainda, se um dia tivessem filhos, o fariam juntos. Atualmente, eles moram na mesma casa, junto com a namorada de Natália e suas duas cachorras e se preparam para concretizar esse desejo antigo de coparentalidade.
Ambos vêm de famílias amorosas, presentes e cuidadosas, mas entendem que a estrutura nuclear de um pai e uma mãe não necessariamente dá conta da educação de uma criança. “É um trabalho que exige rotina. Conversamos com muitas mães sobre essa educação mais presente”, conta Natália. “Tenho trabalhado muito com formação comunitária, com a educação na perspectiva da amorosidade, uma criação coletivizada”, diz Mateus.
O bebê deve chegar nos próximos dois anos e, enquanto isso, a dupla se organiza financeira e emocionalmente para esse processo, pesquisando planos de saúde, fazendo economias e mergulhando em processo, pesquisando planos de saúde, fazendo economias e mergulhando em processos terapêuticos.
De acordo com Elisama Santos, psicanalista e especialista em famílias e educação não-violenta, isso é todo o necessário. “A ideia de família é uma construção social. Se essas pessoas dividem bem os cuidados, se a criança se sente vista, amparada e amada, é o que importa”, explica.
Chapada News com informações da Cláudia