O assentamento Salubrinho, situado no município de Andaraí, na região da Chapada Diamantina (BA), espera colher 100 toneladas de abacaxi no biênio de 2022 e 2023. Dentre as 40 famílias beneficiárias da reforma agrária nessa área, 13 se dedicam ao cultivo da fruta que leva 14 meses para produzir.
Com 838,4 hectares de terras, o Salubrinho também produz aipim, feijão, laranja, limão e manga. Atualmente, ocorre a introdução do cultivo do maracujá no assentamento, que produz frutos quatro vezes ao ano e, com isso, tem potencial de aumentar a rentabilidade das famílias.
Comercialização
No auge da colheita do abacaxi, Oliveira conta que comercializa caminhões da fruta junto a atravessadores. Os valores variam entre R$ 1 a unidade e até duas unidades por R$ 5, o que depende da oferta e da qualidade do fruto. “Vendemos também em feiras”, explica ele.
A agricultora Eni Rodrigues Teles, também produtora de abacaxi, conta que eles costumam comercializar o produto nas feiras dos municípios de Cascavel, Mucugê, Itaetê, Andaraí, Redenção e Wagner.
Ela ressalta que a “lida” com o abacaxi é difícil, devido à demora entre o plantio e a colheita. Além disso, a agricultora explica que se a produção no município de Itaberaba é grande, cai o preço do abacaxi, pois a oferta é muito maior nas feiras. Segundo Eni, a vendagem é boa e eles não precisam se descolocar com tanta frequência quando conseguem participar do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
“O maracujá possui uma rede de comercialização melhor. Além disso, o tempo de produção do fruto é mais curto. Enquanto o abacaxi tem um ciclo de um ano e meio, o maracujá produz quatro vezes ao ano”, frisa.
De acordo com o técnico, é importante os assentados conciliarem as lavouras do maracujá e do abacaxi, além da produção de culturas de subsistência, mais voltada para o consumo interno do assentamento.
O técnico frisa que existem plantios de maracujá em dois lotes e que, num período de um ano, a expectativa é de que eles colham até 60 toneladas do fruto. “Outros agricultores vão acabar aderindo à cultura diante do desempenho dessas primeiras famílias”, finaliza.
Os agricultores do Salubrinho são atendidos com o Crédito Instalação do Incra, em modalidades antigas, tais como: Aquisição de Material de Construção, Fomento, Apoio Inicial e Semiárido.
Segundo o assentado Gilberto Oliveira, a expectativa das famílias é para a liberação do Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), no estado da Bahia. Com esse documento, as famílias poderão acessar modalidades do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Com o recurso, poderemos investir no melhoramento de nossas plantações, pois hoje só contamos com o nosso próprio recurso”, ressalta.
CN com informações do Terra.