Nesta sexta-feira (4), acontece a 5° edição da Feira Agroecológica da Chapada, como é de costume acontecerá no espaço da Uneb (Universidade do Estado da Bahia) Seabra, na Chapada Diamantina. Essa edição terá um diferencial, ela acontecerá nos três turnos manhã, tarde e noite. “Com uma programação bem interessante, mas principalmente, com comida gostosa, saudável e sem veneno, que são produzidas dentro de processos que não agridem e não colocam em risco o meio ambiente” explica a professora Dra. Gislene Moreira.
Quem faz a feira é o Coletivo de Produtores Agroecológicos e a Rede Agroecológica da Chapada. Os produtores que quiserem participar é só procurar a professora Gislene Moreira da Uneb, Ana Carolina do Inema ou Sandrea da Feira Delivery. A participação é aberta a qualquer agricultor da Chapada Diamantina. “A intenção é de que cada vez venha mais gente, por que não é só comida, tem o pessoal que faz artesanatos premiado de palha, com barro, tem gente que vem de Irecê”, ressalta a professora.
O professor Rodriggo Santana questiona, “como a feira contribui para o fortalecimento da agricultura familiar de Seabra, visto que o pequeno produtor é invisibilizado, e como a feira se constitui como espaço contra hegemônico diante do momento que estamos vivendo?”
Gislene responde, lembrando os cursos que o departamento de Seabra tem, que é jornalismo, Letras com Inglês/Português e Pedagogia. E aproveita o momento para lembrar que vestibular está com inscrições abertas a partir de amanhã (4), e com isenção da taxa de inscrição nos dias 4 e 5 (sexta-feira e sábado). “Voltando para a pergunta, mesmo tendo poucos cursos e nenhum diretamente ligado a área da agricultura, é preciso ouvir o que a comunidade pede, e principal vertente econômica é a agricultura familiar”, explica a professora.
“Além de que a feira no sertão baiano representa um local de encontro, de troca de saberes. Então a gente tenta trazer pra feira a ideia de feira como espaço articulação e integração de uma Chapada além da turística, de comunidades quilombolas, de queijinho e cafés de Piatã, vêm os indígenas Payaya, as Tapuias de Seabra. Então é um espaço de visibilidade desses povos, mas também desses temas, e a possibilidade deles de se reconhecer e verem que os problemas são parecidos” complementa Gislene.
Espetáculo Sertão Novo
A apresentação aconteceu na última feira, e o sucesso foi tão grande, que pediram para repetir. E a pedido do público, nessa e em outras edições o espetáculo e interação será repetido. A professora conta que estudou 20 anos as transformações do semiárido. E agora está apresentando isso através de uma aula dinâmica, onde os participantes cantam, dançam, conversam sobre o que foi mudando o ritmo de produção da roça. Tudo isso em meio a brincadeiras e intercâmbio com escolas do município.
E ainda ressalta que a noite, a partir das 19 horas terá música ao vivo com o cantor e compositor, Denis Robson.
Halloween dentro da feira
O evento está acontecendo em paralelo com What Nós temos de Halloween. Que é um evento coordenado pela Professora Raphaela, com performances, debate com vídeos e conversação em inglês para quem quiser praticar o inglês, além de uma série de debates super atuais.
Há a existência de um link entre a feira e o Halloween. O Dia das Bruxas é uma tradição Celta, onde os produtores usavam as aboboras para a decoração, pois o povo Celta era agricultor, e principalmente a queima das bruxas fala do eco feminismo, finaliza a professora com esse assunto dando um spoiler de como será a sexta-feira na Uneb.
Chapada News.