A escritora Mirandi Alves Pereira de Oliveira, natural do município de Ibitiara, na Chapada Diamantina, participou da Bienal do Livro da Bahia 2022, em Salvador, com seu mais recente lançamento, o livro “A Sinhazinha e o Escravo”, fazendo com que a literatura da Chapada Diamantina e seus autores sejam cada vez mais apreciados e conhecidos.
“Foi uma experiência incrível, foi marcante dialogar com visitantes, apreciadores da leitura e poder levar acima de tudo, as vozes do interior, da nossa Chapada Diamantina para este evento na capital”, declara Mirandi ao Blog Liberdade Bom Sucesso.
Lançado em agosto de 2022, durante a quinta edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê), “A Sinhazinha e o Escravo” é mais uma amostra do talento de Mirandi para recontar antigas lendas regionais. Nascida em Ibitiara, a autora iniciou sua carreira de escritora com a produção do conto “A Mulher de Branco”. Inscrita no projeto Revelando os Brasis, a história sobre a figura fantasmagórica foi selecionada e transformada em curta-metragem. Em 2015, Mirandi publicou “Ibitiara: contos, cantos e encantos”. Cinco anos mais tarde, ela deu à luz a obra “Ibitiara: porções de verdade em seis pitadas de contos”.
Seu atual lançamento, “A Sinhazinha e o Escravo” refaz, detalhadamente, os passos do conhecido personagem que nomeia pratos, filmes, bebidas e, especialmente o morro localizado na BR-242, no município de Palmeiras – o Pai Inácio — do seu nascimento ao seu salto glorioso. A escritora parte do enredo tradicional, mas cria uma trama recheada de revelações e reviravoltas surpreendentes.
São 17 capítulos onde são narrados quem são os pais de Inácio, seus melhores amigos, como se deu o encontro com a Sinhazinha, sobre seu irmão e vários trechos com cenas de amor emolduradas por rios, pedras e cachoeiras. Mas também há diálogos dolorosos, de agressões e os horrores da vida na senzala.
A ideia de “A sinhazinha e o Escravo” surgiu há cerca de três anos, quando Mirandi começou a sentir falta de mais informações sobre a famosa história transcorrida na Capada Diamantina. Com muitas indagações em mente, a autora elaborou a trama e ficou à espera de concursos literários e editais de cultura para poder lançá-la. Em 2022, com o fim da pandemia de covid-19, as feiras literárias da Chapada voltaram a ser realizadas, e Mirandi tirou os originais da gaveta. Submetido à avaliação de algumas editoras, o livro foi aceito e publicado pela Mondrongo, de Itabuna, na Bahia.
A escritora, que sempre gostou de narrativas populares, os famosos contos regionais, tradicionais, raíz mesmo, já conta com 12 contos escritos. Ela diz que registra essas história para que as lendas não se percam e nem fiquem esquecidas para novas gerações.
Seu novo romance “A Sinhazinha e o Escravo” pode ser adquirido pelo Site da Editora Modrongo, no Empório da Chapada Diamantina, em Lençóis ou junto à própria escritora.
Chapada News (com informações do Blog Empório Chapada Diamantina e Blog Liberdade de Bom Sucesso)