O desparecimento da grávida Beatriz Pires da Silva Santos, de 25 anos, que sumiu deste o dia 11 de janeiro, está deixando a família em total desespero. A falta da mãe está deixando o filho de 2 anos com comportamento alterado. Não come e nem dorme bem. O silêncio das autoridades deixa a sociedade em angústia e com medo do descaso.
O menino chama pela mãe o tempo todo, não se alimenta mais como antes e acorda na madrugada pedindo para que ela durma ao seu lado, como sempre fazia. Dona Célia, mãe de Beatriz, está desolada e diz que não tem informação nenhuma sobre o andamento das investigações, apenas dizem a ela que estão investigando o caso e não passa mais informações.
“Não estou bem, porque uma pessoa sai, você fica correndo atrás e nada de resposta. Você não sabe onde foi parar. Vê a criança dela chorando, chamando, sem dormir direito, aí é difícil né. Peço ajuda a todo mundo. Será que nesse tempo todo ninguém viu essa menina? Se alguém puder me ajudar e falar, me ajude, porque o sofrimento meu e da criança é demais”, clama Dona Célia.
A mãe, desolada, pede a quem quer que seja, que tenha visto o carro que Beatriz entrou, contate o 190 e passe a informação, pois Beatriz pode estar em cativeiro, com fome, sede, precisando de ajuda. Dona Célia implora pela sociedade e pelos políticos da cidade.
“Eu queria que alguém recorresse ao Secretário da Bahia. ‘Cadê‘ o Deputado Marquinhos? Se esses deputados pudessem me ajudar, para poder ver se descobre algo, ou até alguém que não seja policial, que não seja deputado, não seja nada. Eu peço, me ajuda gente, liga para o 190, porque eu estou sem resposta”, completa Dona Célia.
Dona Célia acredita que sua filha e seu neto que está no ventre da mãe, que está entrando para o oitavo mês de gravidez, ainda estejam vivos, apesar de se sentir perdida com que as pessoas falam, mas ela acredita que sua filha está viva.
O apelo é que o Delegado que preside o Inquérito Policial possa vir a público dar informações sobre o andamento do caso, reservando o que não pode ser dito devido ao sigilo, mas há muita informação que pode ser respondida. A sociedade precisa de respostas.
A Chapada Diamantina precisa se unir por esta causa, pois hoje está sendo Beatriz, amanhã pode ser qualquer outra mulher, ou qualquer outra pessoa simples de nossa região, e o temor é que, pessoas com destaque, com poderes, sejam sempre protegidas, sejam resguardadas de assumir suas ações. A sociedade quer saber, ONDE ESTÀ BEATRIZ?
“Quem fez isso com a minha filha, deixou um netinho pequeno, Será que não tem mãe, será que não tem filho, será que não tem parente nenhum? E peço de novo a quem viu alguma coisa, me ajuda e olhe para esse menino pequeno de 2 anos”, implora Dona Célia.
“Queria pedir para quem estiver com ela, se ela estiver viva, fale o endereço e não precisa ficar lá, que a gente vai buscar. Só queremos ela, porque o sofrimento está demais”, conclui a mãe, em lágrimas.
Beatiz foi vista em imagens de câmeras de segurança entrando em um carro no dia 11 de janeiro e nunca mais deu notícias. Manifestações de populares já percorreram as ruas da cidade. A Polícia Civil cumpriu no dia 09 de fevereiro, mandado de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Barra da Estiva. No gabinete do vereador Valdnei da Silva Caires, popular Bô, que é o presidente da Casa, foi apreendido uma CPU (computador). Também apreederam um Fiat Uno, carro onde Beatriz entrou e que pertence ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra da Estiva, onde o vereador também está presidente. Os outros vereadores anunciaram na última sexta-feira (21), que pediram a renúncia do presidente da casa e suspenderam as sessões até receberem a resposta do Edil.
Acompanhe o apelo sofrido de Dona Célia em entrevista concedida ao Jornal do Meio-Dia, da Rádio Nova Web Seabra, nesta quarta-feira (01) no vídeo abaixo.
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