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SEABRA: O CREAS atende pessoas com violações de direitos; entenda seu papel e situações de vítimas em Seabra

FOTO: Reprodução/Chapada News

A Técnica de Referência do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) Paula e a Psicóloga Tainara Santos explicam o que vem a ser o CREAS, para quem serve e como está sua atuação em Seabra.

Paula esclarece que o CREAS é um um equipamento integrado à Secretaria de Assistência Social especializado em acolhimento e atendimento na violação de direitos das pessoas. Ele acolhe e acompanha pessoas violadas com o intuito de sanar essa violência. Ele abarca todo e qualquer indivíduo que tenha o direito violado (tanto os abrangidos pelo Conselho Tutelar, quanto ao da Delegacia da Mulher). O CREAS é para o idoso, a criança, o adolescente, homens também e às mulheres.

“Em Seabra o acompanhamento tem sido expressivo, com o cenário da pandemia e pós pandemia, tivemos um grande avanço de números recorrentes de violências. Desde violência doméstica, violação de direito ao idoso (que foi pioneira para o CREAS) ”, explica Paula.

Segundo a técnica a maior frequência é a violação de direitos contra o idoso, crianças, adolescentes e mulheres, nessa sequência. O idoso, na pandemia, passou a ser o mais violado, pois era o tinha renda fixa da aposentadoria, violado pela própria família.

 

A violência às mulheres também é muito frequente. A psicóloga Tatiana Santos explica como se dá o trabalho psicológico com essas mulheres. Segundo ela a maioria são encaminhada da Delegacia e o trabalho do psicólogo para essa mulher é fortalecer essa vítima porque chega totalmente destruída, fragilizada no CREAS.

“A mulher violentada ela está muito fragilizada, está com dificuldade de se perceber como mulher dentro de uma sociedade mesmo. Então nós precisamos sempre reestruturar essa mulher, a cabeça, o emocional para que ela consiga desempenhar todas as funções que ela tem para fazer. Trabalhamos o empodeiramento feminino, pois o próprio companheiro dela já invalidou, desvalorizou ela”, reforça a psicóloga

“Primeiramente fazer com que ela entenda que ela sofreu violência e que ela foi diminuída. Muitas vezes é muito difícil porque muitas mulheres também têm pensamentos machistas, têm comportamentos machistas. Mas precisamos do despertar, no sentido de que ela foi violentada. Não é fácil porque elas pensam “ele me ama e faz isso? Não! ”, explica Tatiana.

A psicóloga ainda completa que ao receber a mulher violentada é feita uma visita familiar e se for contatado que no lar tem idos ou criança dentro da mesma residência que a mulher foi violentada, o trabalho é global, é preciso ser feito com todas as pessoas.

“O trabalho é integral, é com todas essas pessoas que também são vítimas. É um trabalho Global, com toda a família, porque nós precisamos afastar esse agressor dessa residência e isso causa alguns impactos, principalmente na rotina familiar”, pontua Tatiana.

Neste contexto de violência, a psicóloga explica que muitas mulheres desistem do acompanhamento, justamente por pressão do companheiro.

“Têm mulheres que desistem do nosso atendimento por força do companheiro que manipula a mulher. Faz ameaças e chantagens emocionais”.

Também foi discutido se uma Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) poderia ser instaurada em Seabra, pois iria ajudar muito no acolhimento à mulher violentada. Paula explicou que já houve demandas neste sentido, mas em número populacional, Seabra não comportaria tal órgão.

Entretanto, existe etapas abaixo da DEAM que podem ser inseridas em Seabra, como a Sala Lilás dentro da Delegacia, onde teria só mulheres para atender as vítimas femininas de violência. Tal pedido também foi parado na burocracia do estado. Até o momento é um projeto suspenso, mas não paralisado.

O CREAS está disponível a toda sociedade e pode recebe denúncias de todas as partes. Às vezes vem direto da Delegacia que já está em fase criminal, outras pelo disque 100, vizinhos, diretamente no CREAS. A grande maioria das denúncias são anônimas.

Diferença entre CREAS e CRAS
CRAS é o Centro de Referência da Assistência Social, ele atua diretamente na parte de vulnerabilidade e risco social. Trabalha na proteção básica.

CREAS trabalha com a violação de direitos que vem de todos os lados. Às vezes em decorrência da vulnerabilidade. Às vezes há demandantes do CRAS, que estava em uma situação de proteção básica, porém evoluiu para a violação de direitos. Aí passa ser também do CREAS, fazendo um atendimento conjunto com o CRAS.

Endereço do CREAS: Rua Tito Luna Freire, referência é a rua lateral da Biblioteca Municipal.

Chapada News

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