Com 265 parques eólicos e 46 parques solares fotovoltaicos em operação, o estado da Bahia segue como líder de geração de energia sustentável no país. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em 2022, a Bahia correspondeu a 31% da geração total de energia eólica e 27% da solar.
São dados que colocam os baianos no topo das pautas socioambientais. Porém, ainda com problemas alarmantes como a emissão de gases estufa, o descarte incorreto de resíduos e a falta de consciência ambiental, no dia do Meio Ambiente, a Bahia e seus representantes debatem sobre como o estado pode ser ainda mais sustentável e ser referência para o restante do país.
Em Salvador, o vereador André Fraga, do Partido Verde (PV), é um dos personagens que promovem desenvolvimento sustentável e apresenta projetos diferenciados para a capital baiana. “O nosso mandato tem um grande projeto guarda-chuva que se chama ‘ODS nas Ruas’, que é uma kombi que usamos para fazer diversas ações. Fazemos doações de mudas, mutirões em hortas, no fim do semestre promoveremos uma batalha de rap com a temática sobre o desenvolvimento sustentável, e também damos suporte a movimentos ciclísticos. Enfim, tudo que tem a ver com a pauta o nosso projeto está presente”, comenta o vereador.
Através do poder político, Fraga busca apoio para seguir emplacando projetos sobre a temática na Câmara dos Vereadores. “Há a aprovação do PL da cannabis, a aprovação do projeto das Áreas de Proteção ao Ciclista de Competição (APCCs), que tem como objetivo incentivar a mobilidade ativa, a ciclomobilidade. […] Mas toda cidade como Salvador, com desafios de desenvolvimento gigantes, com desigualdades, há diversas prioridades como o investimento na área verde, criação de incentivos para construções sustentáveis, espaços públicos de integração e recuperação da conexão da natureza com hortas urbanas”, declara.
ESG: conscientização empresarial
Na Bahia ainda há iniciativas que trabalham em cima de um conjunto de padrões e boas práticas que visam definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Este conjunto é chamado “ESG”.
A Aganju, empresa de consultoria especializada na gestão social, liderada por mulheres, aparece com estas estratégias para contribuir na geração de impactos positivos em rede. Leana Mattei, mestra em desenvolvimento social e sustentabilidade e uma das fundadoras da Aganju, explica como elas atuam no setor empresarial da Bahia.
“Nós fazemos isso de muitas formas, seja através de treinamentos, palestras, programas, curadorias e também de consultorias especializadas que contribuem para que as empresas desenvolvam uma estratégia de gestão de impactos positivos através de uma inteligência mais estratégica na área de sustentabilidade”, explica Leana.