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Após se entregarem à polícia, donos de escola investigada por maus-tratos passam por audiência de custódia

Os donos de uma escola particular localizada na Zona Sul de São Paulo, vão passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (28). Os diretores foram presos nesta terça-feira (27), após se entregarem à polícia. Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira foram presos após denúncias de maus-tratos e tortura contra alunos dentro do colégio.

A Justiça paulista já havia decretado a prisão temporária do casal na última segunda-feira (26). Depois de não serem localizados nos endereços informados, eles se entregaram depois que negociaram com a polícia.

Em informações publicadas pelo G1, o delegado Fábio Daré, responsável por investigar o caso de maus-tratos às crianças, disse que os flagrantes demonstram “situações vexatórias”.

A defesa de Andrea e Eduardo afirmaram que os donos da escola seriam inocentes e  que negam “veementemente” as acusações.

A Secretaria Estadual de São Paulo apontou que abriu um processo administrativo após as denúncias recebidas.

Os casos de maus-tratos foram denunciados após uma professora da instituição de ensino testemunhar e gravar cenas de tortura e humilhação. Uma foto feita pela professora, mostrava um garoto amarrado pela blusa em um poste. Em outro registro, uma criança foi humilhada na frente dos colegas por ter feito xixi na roupa.

Depois de juntar as provas, a professora procurou os responsáveis dos alunos e denunciou o caso no dia 18 de junho. A mulher informou que as crianças passavam por agressões e humilhações quando não acontecia algo como os donos do colegio esperavam.

De acordo com o delegado do caso, além dos vídeos e das imagens, as denúncias semelhantes em todos os depoimentos se tornaram decisivas para a investigação. Segundo Fábio, a Justiça acatou o pedido de prisão temporária dos donos da escola por 30 dias e a busca da apreensão em seus endereços.

“A princípio [a investigação] foi [aberta] por maus-tratos e submeter criança a situação vexatória. Mas pelos relatos, pela gravidade dos relatos, eu incluí a tortura. Por alguns indícios que eu tinha das oitivas. As filmagens são tristes, revoltantes e isso causou muita revolta na gente, nas mães, nos pais”, informou o delegado.

Fonte: Bahia Notícias

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