Representantes de partidos de esquerda de 13 países da América Latina, que integram o Foro de São Paulo, estarão reunidos nesta quinta-feira (29), em Brasília. A abertura do encontro contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento vai até domingo (2).
O último encontro do grupo no Brasil ocorreu há dez anos. Desta vez, as discussões são em torno do tema “Integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”.
Outros assuntos como a disseminação de notícias falsas e a guerra na Ucrânia também devem ser tratados no evento. O documento base do encontro aponta que as fake news “influenciaram nos processos eleitorais democráticos de muitos países americanos […] e até no crescente número de episódios de violência nas escolas, motivados pela proliferação de discursos de ódio nas redes sociais, ou mesmo pelo aumento de episódios de violência política”.
Sobre o conflito no Leste Europeu, o manifesto prévio do Foro de São Paulo diz que o grupo está empenhado numa solução “realista e diplomática”. E iguala Lula a outros presidentes por se dispor a mediar o fim da guerra.
“Neste sentido, vale destacar a proposta do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e os doze pontos que o presidente da China, Xi Jinping, colocou sobre a mesa, bem como a iniciativa do presidente da Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de trabalhar para criar um ambiente de diálogo e negociação”, completa o texto.
Homenagens
O encontro também fará homenagem a Marco Aurélio Garcia, que ajudou a fundar o PT e foi um dos idealizadores do Foro de São Paulo. Ele morreu em 2017.
Estão previstos ainda tributos em alusão aos dez anos de morte do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Em outro momento, os participantes vão discutir as “feridas” causadas por golpes militares no Uruguai e no Chile 50 anos atrás.
O Foro de São Paulo foi criado em 1990, no Brasil. No encontro deste ano, além dos integrantes locais, participam representantes da Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Cuba, Panamá, República Dominicana, El Salvador e Nicarágua.
Fonte: CNN