O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 32,7 bilhões no segundo trimestre de 2023. Com isso, o setor representa 28,8% do PIB estadual para o período. No mesmo semestre do ano passado, o setor equivalia a 32% do PIB baiano. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (18) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento estadual.
Conforme a pasta, a perda de participação de 3,2 pontos percentuais se deu, sobretudo, por uma retração significativa nos preços dos produtos agropecuários. A Superintendência também informou que na comparação com valores correntes do segundo trimestre de 2023, houve uma retração nominal de 6,1%, o que equivale a R$ 2,1 bilhões a menos entre os trimestres.
Neste período, o Agregado II (agropecuária) foi o que mais influenciou na definição da taxa final (51,5%). Mesmo sendo a mais importante neste trimestre, a agropecuária registrou a maior queda de participação no PIB total ao recuar de 18,1% para 14,8%. Na sequência vem o Agregado IV (distribuição e comercialização), com 31,0%, Agregado III (indústria de processamento), com 11,3%, e o Agregado I (insumos), com 6,2%. Na comparação com o período do ano anterior, apenas o setor de distribuição e comercialização ampliou a participação na economia baiana. Saiu de 8,6% para 8,9% do PIB total.
“Quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, também as variações de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, aumento nas quantidades produzidas (variação real) e ao mesmo tempo queda no valor corrente; essa queda se dá quando as variações negativas nos preços são superiores à variação real. No segundo trimestre de 2023 tivemos essa combinação onde, apesar de se ter crescimento real de 4,6%, houve retração média de 10,3% nos preços do agronegócio, o que determinou menor participação da atividade na economia baiana”, explica o coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano.
O órgão ainda declarou que o segundo trimestre é o mais importante para o agronegócio baiano. No período, a maior parte da produção agropecuária baiana se desenvolve, o que gera impactos não apenas na agropecuária, mas em toda a cadeia de produção e distribuição.
Com informações do Bahia Notícias