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Economia: Exportações de frutas crescem 304%; O Porto de Salvador movimentou 2.997 contêineres de frutas, entre janeiro e outubro deste ano.

O Terminal de Contêineres de Salvador (Tecon) apresentou um aumento na exportação de frutas de 304% no período de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior, movimentando 2.997 contêineres de produtos, com destaque para o limão, a manga e a uva.

As cargas vêm do norte de Minas Gerais, de Sergipe e de diferentes partes da Bahia, incluindo a região do Vale do São Francisco, responsável por 62% da produção nacional de uva de mesa, e têm como destino Europa e América do Norte, principais mercados consumidores de frutas do Brasil.

Demir Lourenço, diretor executivo do Tecon Salvador, unidade de negócios da Wilson Sons, diz que o crescimento na movimentação faz com que os transportadores rodoviários, os despachantes que atendem ao porto, e toda a cadeia que depende da movimentação do porto, ganham benefícios importantes, aumentando a renda. “Aumento de movimentação representa aumento de renda, de empregos. É um círculo virtuoso!”, relata.

O terminal está localizado a 500 km das principais fazendas produtoras do Vale do São Francisco e dispõe de tecnologias que permitem acelerar os processos de atendimento em pátio e no navio, como o agendamento online 24 horas, portões exclusivos para carga refrigerada e integração sistêmica com os órgãos anuentes, contribuindo para a autorização de embarque antecipado. Além das vistorias de cargas durante a semana, realizadas na plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).  conta também com vistorias às segundas-feiras, para as cargas recepcionadas no fim de semana, otimizando o fluxo e deliberações dos órgãos anuentes competentes. Para o diretor, a sua localização é o principal fator para o grande movimento do terminal, fazendo com que os produtores tenham facilidade em exportar seus produtos.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrasfrutas), Guilherme Coelho, ressalta a importância da região do Vale do São Francisco para a movimentação do terminal, em que Juazeiro é responsável por 70% das exportações do Tecon. “O Vale do São Francisco é conhecido por ser uma região de produção agrícola intensiva, especialmente na fruticultura irrigada. As principais frutas produzidas são uva, manga, goiaba, melão, banana e acerola”.

“A proximidade geográfica entre Juazeiro e o Terminal de Contêineres de Salvador reduzem os custos de transporte e o tempo de trânsito. A qualidade da infraestrutura de transporte facilita o escoamento eficiente das mercadorias até o terminal e também o custo total da logística são mais favoráveis, incluindo transporte terrestre e taxas portuárias”, complementa Guilherme Coelho.

A produção frutífera no estado se diversifica por outros municípios e o produtor José de Jesus, do município de Camaçari, ressalta a importância econômica da exportação porque mesmo vendendo diretamente ao consumidor, acredita que faz aumentar o número na demanda da produção e beneficiar a todos. “Produzo limão, banana prata, banana-da-terra, limão, jaca, abacate, cacau, e sinto que a economia se movimenta com a exportação dos produtos e de alguma forma irá beneficiar a nós agricultores”.

A região do Vale do São Francisco, drenada pelo rio São Francisco e seus afluentes, está localizada em sua grande parte nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. O seu desempenho é importante para a produção de frutas devido a facilidade da água para a irrigação.

O polo central da produção de frutas irrigadas no Vale do São Francisco está localizado em Juazeiro e Petrolina, abrangendo ainda diversas outras cidades nos estados da Bahia e Pernambuco, como Curaçá (BA), Casa Nova (BA), Sobradinho (BA), Lagoa Grande (PE) e Santa Maria da Boa Vista (PB). A região de Juazeiro é responsável por 45% de toda a manga e 30% de toda uva exportada pelo Brasil.

Mesmo com o grande número de exportação de frutas vindas do Vale do São Francisco, ainda há empecilhos que dificultam a chegada até o local. De acordo com Guilherme Coelho, a logística para longas distâncias é sempre um desafio.

“As frutas são produtos perecíveis e dependem de uma eficiente cadeia de frio e agilidade no envio das exportações. A Abrafrutas está atenta às necessidades de seus associados e atua positivamente para solução de entraves às exportações, sejam de natureza de infraestrutura como documentação e operacionais, facilitando assim que chegue até o terminal de containers”, menciona o presidente da Abrafrutas.

Com informações A Tarde

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