Os 10 municípios baianos com maiores PIB em 2021 continuaram sendo os mesmos de 2020, com apenas mudanças de posições no ranking, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (15). O grupo concentrou quase metade de toda a renda gerada na Bahia, com um total de 48,7% de participação no PIB estadual.
Salvador, Camaçari e Feira de Santana continuaram liderando o ranking com R$ 62,954 bilhões, R$ 33,971 bilhões e R$ 17,282 bilhões, respectivamente. A capital baiana e o município camaçariense lideram a lista desde o início da série história, em 2002, enquanto a Princesa do Sertão ocupa a 3ª colocação desde 2004.
De acordo com Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do IBGE na Bahia, as capitais lideram o ranking de maior PIB de dos estados do Brasil por questões lógicas: alto número de habitantes, concentração maior de serviços e maior número de atividades produtivas. A única capital que não lidera o ranking de seu estado é Florianópolis – posição ocupada por Joinville.
“Normalmente, a capital do estado é mais populosa e é a que concentra uma série de serviços e atividades importantes. Praticamente todos os estados brasileiros possuem essa dinâmica, com exceção de Santa Catarina”, explica.
Camaçari se mantém no segundo lugar há mais de 20 anos por causa das atividades industriais desenvolvidas no município. Ao lado de Candeias e Cairu, a cidade foi um dos municípios que mais ganharam participação no PIB da Bahia, saindo de 8,4% para 9,6%.
Com R$ 33,971 bilhões, o município camaçariense tem o 2º maior PIB do estado, atrás somente de Salvador, que registrou R$ 62,954 bilhões, e o 37º maior do Brasil, além de ter sido o único município do Nordeste entre os 20 maiores valores gerados pela indústria no país: foram R$ 15,715 bilhões, valor que o colocou na 15ª posição nacional.
“Os preços internacionais do petróleo registraram expressiva alta, com impacto no mercado interno, alavancando os resultados das empresas industriais e o próprio PIB desses municípios”, explica Kawabe.
Feira de Santana, por sua vez, ocupa a terceira posição por influência de número de habitantes – é a segunda mais populosa da Bahia, com mais de 616 mil habitantes – e da localização geográfica, como indica Mariana Viveiros.
“Feira de Santana tem uma economia dinâmica, que tem um crescimento importante, especialmente com uma economia de serviços. Além disso, o município abriga uma série de empresas e tem um potencial de circulação de serviços”, afirma.
Entre 2020 e 2021, Luís Eduardo Magalhães ultrapassou Vitória da Conquista e ocupou o posto de 5º maior PIB da Bahia, com R$ 8,820 bilhões. A ‘Suíça baiana’, como é conhecida a cidade do sul do estado, ficou na 6ª posição pela primeira desde 2010, com R$ 8,208 bilhões.
O agronegócio é o setor responsável pelo crescimento econômico de Luís Eduardo Magalhães, município conhecido como a capital baiana do agro. Isso é o que aponta o coordenador de contas regionais e finanças públicas da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA), João Carlos Caetano.
“Luís Eduardo Magalhães tem crescido significativamente por influência de atividades do agronegócio, não só relacionadas à agropecuária, mas atividades envolvendo toda a cadeia agrícola, como transportes e serviços associados ao setor”, afirma.
O município de Candeias também ganhou uma nova posição no ranking, ultrapassando Simões Filho, e se tornando o 9º maior PIB do estado, com R$ 6,819 bilhões. A cidade vizinha caiu para a 10ª posição, com R$ 6,334 bilhões.
10 municípios com maior PIB da Bahia
- Salvador (R$ 62,954 bilhões)
- Camaçari (R$ 33,971 bilhões)
- Feira de Santana (R$ 17,828 bilhões)
- São Francisco do Conde (R$ 13,086 bilhões)
- Luís Eduardo Magalhães (R$ 8,820 bilhões)
- Vitória da Conquista (R$ 8,215 bilhões)
- Lauro de Freitas (R$ 7,322 bilhões)
- Barreiras (R$ 7,006 bilhões)
- Candeias (R$ 6,819 bilhões)
- Simões Filho (R$ 6,334 bilhões)
Os 10 menores PIB municipais da Bahia também permaneceram os mesmos de 2020, com algumas alterações no ranking: Ichu (R$ 56.391), Lafaiete Coutinho (R$ 55.267), Aiquara (R$ 53.718), Pedrão (R$ 25.275), Contendas do Cincorá (R$ 50.778), Maetinga (R$ 50.121), Gavião (R$ 49.919), Cravolândia (R$ 45.909), Dom Macedo Costa (R$ 43.212) e Ibiquera (R$ 37.334).
Com informações do Correio