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Dengue: Brasil recebe primeira remessa com milhares de doses de vacina contra a doença

Esquema vacinal contempla duas doses e prioridade é de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos

Neste sábado, 20, chegaram ao Brasil, cerca de 750 mil doses da vacina Qdenga, de fabricação do laboratório japonês Takeda Pharma. As vacinas, aprovadas em março de 2023, já são ofertadas em clínicas particulares desde julho do ano passado. As doses recebidas pelo governo serão distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, iniciativa pioneira no mundo.

Essas primeiras doses fazem parte de uma remessa doada pelo fabricante ao Ministério da Saúde à qual serão acrescidas mais 570 mil unidades a serem entregues em fevereiro. O Brasil contratou o total de 5,2 milhões de doses que serão entregues gradativamente ao decorrer do ano até o mês de novembro. De acordo com a empresa, essa é a capacidade máxima de entrega da vacina para o ano de 2024. Com isso, será possível vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas ainda neste ano, já que o esquema vacinal se completa com a administração de duas doses com intervalo de 3 meses.

A vacinação está prevista para iniciar-se em fevereiro com foco em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. De acordo com o ministério da saúde, essa faixa etária é a segunda a apresentar mais casos de internações pela doença, depois das pessoas acima de 60 anos. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda não liberou a vacinação em idosos. Também não podem ser vacinados gestantes, lactantes e imunossuprimidos.

O critério para a escolha dos municípios contemplados em 2024 levará em conta a quantidade de habitantes (acima de 100 mil) considerando aqueles cuja taxa de transmissão tem sido alta nos últimos dez anos. A lista definitiva, bem como a estratégia de vacinação será informada pelo Ministério da Saúde nos próximos dias.

De acordo com o ministério, a quantidade de casos da doença já somam mais de 55 mil apenas nas duas primeiras semanas de janeiro. Seis pessoas morreram em decorrência de complicações da doença que, no mesmo período do ano passado, atingiu a metade do número de casos apresentados neste início de 2024.

Um dos motivos da alta no número das infecções se deve ao período de chuvas e calor, o que torna o ambiente propício para a proliferação do mosquito. Especialmente este ano, o forte calor causado pelo fenômeno climático El Niño pode aumentar a velocidade de reprodução da espécie.

As doses da vacina recém recebidas serão insuficientes para imunizar toda a população, portanto, o foco maior ainda é na prevenção. Os cuidados com a casa são essenciais, especialmente na eliminação dos recipientes com água parada, tanto em ambientes internos quanto externos.

Saiba mais:

Brasil é país com mais casos de dengue no mundo, alerta OMS.

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