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SESAB confirma surto de dengue em Seabra

Fumacê já foi solicitado, mas é uma medida de baixa eficácia, população deve fazer a sua parte.

A Secretaria Municipal de Saúde de Seabra, por meio do setor de vigilância epidemiológica, informou nesta quarta-feira, 6, que a cidade passou a fazer parte da lista de 122 municípios baianos com epidemia de dengue.

De acordo com a secretária municipal, Maiara Miranda, a última vez que Seabra teve surto da doença foi em 2018, há seis anos. Segundo Maiara, a cidade está na lista por conta do comparativo entre 2024 e os anos anteriores, haja vista que o número de casos, em si, ainda não é alarmante.

No entanto, para que se configure um estado de epidemia, o Centro de Emergências de Operações da Bahia (COE), realiza o cálculo dos casos em relação ao número de habitantes, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que se baseia nas informações confirmadas pelo Laboratório Central (Lacen).

Até o presente momento, o Lacen recebeu de Seabra 149 coletas de exames para as três arboviroses transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya. Desse total, 38 casos foram confirmados positivos, sendo 33 de dengue, um de zika e quatro de chikungunya.

A secretaria de saúde informou que já está fazendo um levantamento das localidades com maiores índices de casos positivos para que ações de combate possam ser realizadas. Uma outra medida foi a solicitação do carro fumacê, conforme informa Maiara. “Fizemos a solicitação do carro fumacê desde a sexta-feira passada, 1, à base regional e também nessa terça-feira, 5, ao COE”, detalhou. 

No entanto, a secretária afirma que a população não deve contar apenas com a ação do veneno pulverizado pelo fumacê, já que diversos fatores podem atrapalhar a sua eficácia, como os ventos fortes, que dissipam as partículas, a chuva que faz com que as gotículas desçam ao chão e se percam e o calor intenso ou incidência de sol forte que também prejudicam a eficiência do inseticida. 

O produto consegue atacar os mosquitos que estiverem voando no momento da aplicação e durante o período em que fica ativo no local, em torno de 30 minutos a duas horas. Além disso, só atinge em torno de 80% dos mosquitos adultos, não sendo eficazes em atacar os criadouros, o que evidencia a importância das medidas de prevenção. O inseticida também não consegue acessar as residências com muros muito altos e o ideal é que as casas permaneçam com janelas e portas abertas durante a passagem do carro.

Sobre as medidas preventivas, a secretária é categórica: “O fumacê acaba matando mais outros tipos de animais do que o mosquito da dengue em si. Então, vir o fumacê é importante, mas a preocupação maior é acabar com o foco dessas larvas dentro das casas.”

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