Com o trabalho voltado para o atendimento de famílias carentes do município de Irecê, no centro-norte da Bahia, o Projeto Nova Canaã, desenvolvido pela Associação Beneficente Projeto Nordeste (ABPN), está sendo acusado de discriminação contra duas crianças autistas, um menino e uma menina, ambos com cinco anos de idade.
A denúncia foi feita pela mãe de uma das crianças, a cabeleireira Marta Ribeiro dos Santos, que procurou um jornal para informar que sua filha e um colega, filho de Alessandra de Souza, foram recusados em aulas de natação promovidas pela instituição.
De acordo com Marta, o anúncio da atividade informava que seria para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos, faixa etária que contempla as crianças em questão. As crianças chegaram a ser matriculadas com a documentação exigida, incluindo um laudo que comprovaria que as crianças são aptas para a prática esportiva.
No entanto, ao explicar que as crianças possuem grau 1 e 2, respectivamente, de autismo, a assistente social do Projeto Nadar, ao qual estavam pleiteando as vagas, teria explicado que não havia verba para um cuidador. Em seguida, a profissional teria acrescentado que crianças “desse tipo” exigiam o acompanhamento de um cuidador.
As mães relatam que sentiram que seus filhos estavam sendo discriminados, ainda mais quando uma outra profissional ofereceu a vaga à outra filha, que não se enquadra no transtorno do espectro autista. “Isso é discriminatório. Eles falam tanto de inclusão, mas é só na rede social”, denunciou.
As denunciantes afirmam que registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Irecê e prometeram entrar com uma ação no Ministério Público. A equipe do Chapada News tentou contato com a administração do projeto, mas não teve sucesso.
Com informações do Bahia Notícias / Foto: Reprodução / TV Diamante