No último final de semana, entre 5 e 7 de abril, o Encontro de Comunidades da Chapada Diamantina, na Comunidade Quilombola do Agreste foi palco de intensas trocas e celebrações. Reunindo diversas lideranças e membros das comunidades quilombolas da região da Chapada Diamantina , a ocasião foi marcada pelo fortalecimento comunitário e pela valorização cultural.
Durante o evento, Catarina, uma das lideranças da Comunidade Quilombola da Bocaina e Mocó, destacou a importância da Cartografia Social como uma ferramenta poderosa para retratar as comunidades. “A Cartografia Social é como um retrato da comunidade, onde você pode ver e perceber a riqueza que ela possui”, ressaltou. Essa visão foi compartilhada por Vánusia, que enfatizou a importância da Cartografia Social como uma forma de empoderamento e reconhecimento das comunidades.
Kena, integrante da Cozinha Comunitária e moradora e liderança comunitária do Agreste, expressou sua gratidão pela oportunidade de fortalecer a comunidade e fazer com que mais pessoas conheçam a realidade das comunidades quilombolas. “A Cartografia Social é uma coisa nova, mas já vi pessoas falando sobre isso. É um momento proveitoso, pois vai trazer um fortalecimento para a Comunidade e fazê-la se reconhecer, se empoderar politicamente, estrategicamente e territorialmente.”
O evento foi marcado por diversas atividades, incluindo a partilha de experiências das comunidades locais que já utilizam a Cartografia Social, como ferramenta de resistência e construção de histórias ali registradas. As comunidades circunvizinhas aproveitaram o momento para compartilharam suas experiências acerca da construção da Cartografia Social, enriquecendo o diálogo e fortalecendo os laços comunitários.
O segundo momento do evento proporcionou discussões importantes sobre os procedimentos legais a exemplo da consulta prévia, a Convenção 169 da OIT e a consulta de protocolo, destacando a importância e o uso da Cartografia Social nesse contexto.
O encerramento do evento foi marcado por apresentações do grupo de Batuque do Agreste, acompanhado de muita poesia e muita música, que celebravam a diversidade cultural e a riqueza das tradições das comunidades quilombolas.
O Encontro de Comunidades da Chapada Diamantina- Mapeando Histórias Reais não apenas fortaleceu os laços entre as comunidades, mas também evidenciou o potencial da Cartografia Social como uma ferramenta para o empoderamento e o reconhecimento das comunidades locais.
Fonte: OCA Chapada | Fotos: Redes Sociais
